quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ateliê

               
Preciso de um lugar para pensar, refletir e criticar a minha própria produção. Este lugar não pode ser outro a não ser o conhecido ateliê do artista. Alguns já acham este nome um tanto ultrapassado com as chegadas das novas mídias portanto para estes todo o campo de vivência já se tornou um único ateliê como as suas casas, as ruas e qualquer lugar que seja o seu local de produção. Mas para mim e para muitos o ateliê ainda é o espaço que considero como um templo. Isso também vale para os famosos cubos brancos. Adoro o cubo branco embora muitos achem o lugar mais falso para abrigar a arte. Não vejo desta maneira, vejo o cubo branco como um templo onde as peças que serão expostas são fontes de energias captadas pelos espectadores sejam elas reais ou imaginárias. O tradicional ateliê espalhadas com tintas, papéis, projetos, rasuras, pincéis, jornais, tudo isso são ferramentas para um infinito pensamento. Embora meu ateliê seja um apartamento pequeno, ali eu resolvo a maior parte dos meus projetos. Onde reflito tudo que fiz e tudo que ainda vou fazer, um lugar onde faço minhas próprias críticas pós exposição, algo que falhou, algo que deu certo e algo que ainda está por acontecer. O momento mais relevante é quando justamente no ateliê acontecem os meus verdadeiros  "masterpieces" embora ainda ache esse nome um tanto prepotente, porém é onde as obras nascem e também morrem sem pedir licença para entrar ou sair...

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