segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O que desenhar

Nestes últimos 15 anos de produção desenhei muitas imagens, figurações e também experimentei inúmeras técnicas. Atualmente gero uma imagem analisando o suporte na qual irei trabalhar.
Nos últimos anos resolvi trabalhar em diversos suportes como madeira, papel, plástico, tela, tecido, acrílicos, pedras, etc. Mas na minha próxima exposição estou me sentindo mais livre e espontâneo sem mais preocupar com a linha que irei seguir. Quando propus a ingerir e digerir tudo que gosto e que me possa supreender a minha produção se tornou mais livre. Acho que isso que todos nós procuramos durante o longo período de pesquisa.
Sinto que eu não possuía essa liberdade sempre me preocupando com o estilo que vou seguir, a linha que vou produzir e uma constante geração de imagens. Hoje faço um verdadeiro mix de coisas que chamam e que chamaram a atenção dentro do meu olhar mental e físico. As cores ainda são coadjuvantes e as figuras mantém o status do protagonista mas isso tudo é muito irrisório, as imagens são meros meios ou uma desculpa para produzir uma instalação. O significado é pura balela, a ação é o mais importante das minhas convicções sobre arte enquanto arte. Sobre a mesa disponho um papel, nela faço um gesto com a tinta e as figuras entram de maneira muito sutil e fugaz. Não quero criar, quero apenas sugerir que algo de errado está para dar mais errado ainda...

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